Aldous cerrou os dentes e olhou para Michel com seus olhos verdes cinzentos.
_Na verdade _ disse ele, sem orgulho algum no tom da voz _ eu a roubei dos templários.
Mortimer franziu o cenho e inclinou de leve a cabeça, incrédulo:
_Como?
_Eu a roubei, meu irmão, de um cavaleiro fugitivo. E por pouco, não fui morto por um demônio que serve a Ordem.
Ao ouvir tais palavras de seu senhor, Michel Mortimer benzeu-se com o sinal da cruz. Aldous explicou:
_Lembra-se do preceptor de Auvergne, Imbert Blanke, o homem a quem caçou para que testemunhasse em meu favor?
O gigante louro fez que sim.
_Pois saiba _ prosseguiu o nobre _ que em troca de seu testemunho, ele exigiu a Rainha que a mesma me transmitisse um recado _afirmou, indo sentar-se na beira da cama _Ele pediu-me que fosse levar uma mensagem até um certo cavaleiro que se refugiara na Escócia, e que o ajudasse a cumprir uma missão.
Mortimer meneou a cabeça:
_Mas que confusão! Não entendo!
Aldous baixou os olhos para o chão e balbuciou, sem dar atenção ao que dissera o escudeiro.
_Pobre homem esse Imbert! Serão todos os cavaleiros tão ingênuos assim? Como é que foi achar que poderia confiar numa criatura má e traiçoeira como eu?
Nenhum comentário:
Postar um comentário