Desviando-se das pessoas, Aldous e Anabella deixaram a Galeria Capetista e entraram na carruagem do conde. Quando principiaram a andar, Aldous perguntou:
_O que faz em Paris, Anabella d'Anagni?
Ela sorriu com malícia antes de responder:
_Estou certa de que está pensando mal de mim, Aldous...
_Eu? _ perguntou ele rindo _Não estou pensando nada _ mentiu, pois estava certo de que a bela italiana ainda continuava vendendo seu corpo.
Ao que ela afirmou, altiva:
_Sou uma mulher correta agora. Tenho um trabalho honesto no comércio.
_E que tipo de comércio? _questionou o louro, com acentuado tom de maldade.
O rosto de Anabela mudou, e ela disse com certa ironia:
_Comércio de velas, monsieur. Ajudo a iluminar a vida das pessoas.
Ao ouvir tais palavras, o nobre segurou o riso e meneou a cabeça.
_Que lindo! Fiquei comovido...
Nisso, Anabella chutou-o na canela e esbravejou, em um francês carregado de sotaque italiano:
_É ainda o mesmo grosseiro de anos atrás, Aldous!
_Velhos hábitos nunca nos abandonam... milady.
Nenhum comentário:
Postar um comentário